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Conferência em Xangai Destaca Inclusão de Países Emergentes na Revolução da IA

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, destacou na Conferência Mundial de Inteligência Artificial em Xangai que a IA deve ser um "bem comum da humanidade". Ele defendeu a inclusão dos países em desenvolvimento, muitas vezes deixados de fora do avanço tecnológico. Entre os presentes estavam o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e a ex-presidente Dilma Rousseff, agora líder do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS.

(IMAGENS ILUSTRATIVAS)

A conferência resultou em uma Declaração sobre Governança Global de IA, que enfatiza a necessidade de aumentar a representação dos países em desenvolvimento. Executivos e acadêmicos discutiram a importância de criar um mecanismo global de governança da IA. Sassine Ghazi, CEO da Synopsys, e Xue Lan, da Universidade Tsinghua, destacaram a necessidade de colaboração internacional para garantir uma evolução responsável da IA.


A delegação brasileira contou com cerca de 50 participantes, incluindo acadêmicos e representantes empresariais. Romildo Toledo, da UFRJ, enfatizou que, embora o Brasil tenha feito progressos, é necessário melhorar a infraestrutura tecnológica, como internet de alta velocidade e data centers, para avançar na IA. Ele observou que este é um desafio compartilhado por outros países latino-americanos como México e Colômbia.


Isabella Guedes, do Instituto de Inteligência Artificial do LNCC, destacou a experiência brasileira na aplicação da IA para o desenvolvimento de fármacos e programas para mulheres em STEM. Ela ficou impressionada com os avanços apresentados na conferência, especialmente em áreas como mobilidade urbana e previsão do clima, que já estão em prática em alguns lugares.


Durante a conferência, os participantes também visitaram exposições de robôs humanoides e novos modelos de IA generativa, lançados por empresas chinesas e pela americana Tesla. A concorrência entre China e Estados Unidos foi um tema recorrente, com executivos chineses criticando abertamente suas contrapartes americanas, enquanto executivos dos EUA evitavam confrontos diretos.

(IMAGENS ILUSTRATIVAS)

A conferência sublinhou a necessidade urgente de uma governança global inclusiva da IA. Países em desenvolvimento, como o Brasil, têm potencial para contribuir significativamente, mas precisam de suporte em infraestrutura e capacitação. A colaboração internacional é essencial para garantir que a IA beneficie toda a humanidade de forma equitativa.


Redator: Lucas Hendrigo Dias Serralvo

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